terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Em um certo dia você acorda e lembra de uma pessoa que você não esperava.Você se espanta, sorri e levanta da cama estranhando a situação. Um amor de infância, platónico, aquela coisa de apenas admirar e desejar mais do que tudo estar apenas perto, ou apenas poder olhar um pouco mais. Como algo assim,depois de tanto tempo ainda pode mexer com você? Depois de tanto tempo ainda lhe arranca suspiros e risos bobos.Você levanta e vai lembrando do porque daquela pessoa ter mexido tanto com você naquela época. O jeito, o olhar, o sorriso. Vocês nunca trocaram uma palavra, mas você sabia que ele era diferente. Afinal de contas ele conseguiu tirar seus pés do chão, ele fez parte da maioria das páginas do seu diário, dos seus sonhos, dos seus pensamentos. Você vai fazendo suas coisas pensando em como seria encontrá-lo. Você agora está madura, uma mulher. Como ele estaria? Como seriam os seus gostos, quais seriam suas músicas preferidas? Vocês se dariam bem? (você tem certeza que sim, lá no fundo você sente). Você imagina onde ele estaria, o que ele estaria fazendo e daria tudo pra encontrá-lo, pra vê-lo pra enfim conhece-lo. E ele, apesar de ser desconhecido, intocado e distante foi o seu primeiro amor. Quem você nunca irá esquecer. Quem, de vez em quando irá te acordar nas manhãs ou irá fazer parte dos seus sonhos. A imagem dele, o sorriso dele, a voz dele, serão coisas que você jamais esquecerá. E você ri mais uma vez. E o agradece em pensamento, por ele ter te mostrado realmente o que é amar.