segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Enfim só.


Eu estava sentada no sofá, sozinha, em mais uma das minhas meditações quando um sentimento ou talvez a ausência de certo sentimento me invadiu com tanta força que senti tudo por dentro de mim sacudir.Foi como se um vento forte tivesse passado por mim arrastando consigo um peso enorme que eu andara carregando.
Com isso veio um alívio enorme, seguido de um grande vazio.Tanto vazio que me fez chorar por quase horas. Foi aí que percebi que talvez eu já não estivesse andando mais com tal sentimento há tempos. Que eu carregava comigo só uma sombra de tudo que um dia eu senti. Uma sombra ou talvez um sofrimento que depois de tanto tempo começou a virar uma espécie de amigo que me protegia de outras futuras decepções. Só que nada mais era real.
Talvez, tudo tenha sido fruto da minha cabeça tentando proteger desesperadamente meu coração. Hoje eu tenho que admitir que estou sozinha, sem meu sofrimento, sem meu sentimento, sem tais pensamentos e esperanças. E sim, é muito assustador, mas me sinto bem mais leve do que antes e pronta pra começar uma nova história que há tempos eu estava com medo de escrever.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

...


Eu realmente não te entendo. Não sei se você não liga e não se preocupa. Não sei se você quer me machucar. Não sei se é uma tentativa de se afastar de mim. Só seja claro. Seja sincero. Porque eu gosto de você.Porque de alguma forma estranha e sem nenhuma razão você é importante e por mais que eu tenha errado sei que não mereço. Até eu canso.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Colegial


Sinto falta. Sinto falta das guerras de giz, dos montinhos, das bagunças, dos jogos da verdade, das notas baixas, das notas altas, dos professores legais, dos professores chatos, dos grupinhos e panelinhas, das aulas matadas, dos passeios pelo colégio. Sinto falta das festas juninas e das feiras culturais, dos shows dos alunos, das amigas patricinhas e dos amigos mongolóides. Sinto falta dos finais dos anos letivos e aquele choro todo, das caricaturas, das conversas na aula e até das broncas por causa das conversas.Sinto falta das colas, dos rolos, das palhaçadas, das brigas e das pazes. Sinto falta das carteiras marcadas, do material e da coleção de canetas coloridas. Sinto falta do piquenique na hora do lanche e das balas de borracha. Sinto falta das aulas de recuperação à tarde e das sessões cinema depois do horário normal do colégio. Sinto falta das voltas para casa e da algazarra na rua. Sinto falta do grupo de leitura, da biblioteca e da turma dos atrasados. Sinto falta de não ter que me preocupar com nada a não ser passar de ano, de chegar ao colégio de mau humor e sair chorando de rir. O que me consola diante de tanta saudade é o fato de que eu vivi meu colegial o melhor que eu pude. Aproveitei muito, ri muito, chorei muito, aprontei muito e levei muita bronca. Não fui à melhor aluna, mas, com certeza terei muita coisa pra contar, lembrar e sentir saudade. Afinal, a saudade é o sinal de que tudo o que você viveu valeu a pena.