Mais um ano está a acabar. Como todos os finais de ano tento juntar tudo o que eu aprendi e vivi durante esses trezentos e sessenta e cinco dias. É difícil escolher algo em particular para destacar, pois esse ano, eu vivi muitas coisas diferentes, mas às vezes sinto que nada mudou. Os mesmos medos, aflições e desejos profundos estão aqui comigo. Talvez eu tenha aprendido a lidar de uma forma diferente com eles, mas acho que ainda é cedo para dizer que acharei uma solução. Neste ano, eu não tive experiências que fizeram mudar a minha vida, mas agora dou valor aos pequenos momentos cotidianos. Os pequenos gestos, os dias mais simples, as frases soltas em conversas “sem importância”. Aprendi a dar mais valor a isso, pois é o que define o sentido de família, amizade, consideração e amor. Aprendi também que a saudade não trás nada de volta e que agir por impulso às vezes é bom. Talvez eu não tenha mudado tanto quanto a isso, mas aprendi a enxergar que muito orgulho não é saudável.
Por fim, estou satisfeita com o que sou hoje ou com o que eu me tornei. Pois não sou a mesma de um ano atrás e acho que não mudaria nada no passado. Já que tais fatos acontecidos durante esses trezentos e sessenta e cinco dias contribuíram para eu me tornar o que sou hoje. E talvez, se eu mudasse uma vírgula, que seja...Eu não seria eu.


