quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

2010

Mais um ano está a acabar. Como todos os finais de ano tento juntar tudo o que eu aprendi e vivi durante esses trezentos e sessenta e cinco dias. É difícil escolher algo em particular para destacar, pois esse ano, eu vivi muitas coisas diferentes, mas às vezes sinto que nada mudou. Os mesmos medos, aflições e desejos profundos estão aqui comigo. Talvez eu tenha aprendido a lidar de uma forma diferente com eles, mas acho que ainda é cedo para dizer que acharei uma solução.
Neste ano, eu não tive experiências que fizeram mudar a minha vida, mas agora dou valor aos pequenos momentos cotidianos. Os pequenos gestos, os dias mais simples, as frases soltas em conversas “sem importância”. Aprendi a dar mais valor a isso, pois é o que define o sentido de família, amizade, consideração e amor. Aprendi também que a saudade não trás nada de volta e que agir por impulso às vezes é bom. Talvez eu não tenha mudado tanto quanto a isso, mas aprendi a enxergar que muito orgulho não é saudável.
Por fim, estou satisfeita com o que sou hoje ou com o que eu me tornei. Pois não sou a mesma de um ano atrás e acho que não mudaria nada no passado. Já que tais fatos acontecidos durante esses trezentos e sessenta e cinco dias contribuíram para eu me tornar o que sou hoje. E talvez, se eu mudasse uma vírgula, que seja...Eu não seria eu.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

-a-m-i-z-a-d-e-


Há muito tempo ando pensando sobre minhas amizades. Muitas das amizades que eu tive antes, já não tenho mais. E com o tempo fica mais difícil para eu fazer novos amigos verdadeiros. Algumas amizades antigas, no entanto já não existem. No lugar da cumplicidade e da preocupação ficam as desculpas e as promessas, como: “Vamos combinar de nos ver mais vezes” ou “Vou te ligar na quinta para colocarmos o papo em dia, ando tão ocupada, sem tempo pra nada". Esses dias nunca chegam e se chegam as pessoas não ficam mais confortáveis em se abrir. O resultado é: uma conversa superficial, como o que ambas andam fazendo, se estão estudando, namorando, etc. Mas nada a fundo. Nenhuma das duas irá dizer a outra que o pai ou a mãe esta mal ou que anda com dor de cotovelo por causa de alguém. Tudo isso será camuflado com um “Tudo está indo”.Por mais que ambas não queiram admitir, as coisas já não são como antes. Eu fico pensando se todas as amizades são passageiras ou não.É duro de admitir,mas, isso pode acontecer com qualquer um. Com o tempo aquela amiga que você nunca imaginou que sairia do seu lado já não está tão presente. E somos nós os culpados? Ou é culpa do destino? Ou somos nós que seguimos caminhos diferentes de outras pessoas e, portanto as deixamos para trás? Acho que não há uma resposta concreta para essa questão. O que podemos fazer é aproveitar o presente; Ser a melhor amiga que podemos ser; Valorizar cada gesto, cada riso, cada palavra ou conselho;Respeitar e tratar cada amizade como única e nunca deixar passar uma oportunidade de estar junto.Assim, com certeza poderemos saber que crescemos e aprendemos com nossas amizades e dizer:
"Dela nunca vou esquecer."

sábado, 4 de dezembro de 2010


É estranho saber que já não o sinto tão presente em mim quanto antes. Meu coração já não acelera tanto quando falo com você. Nunca mais encontrei com você em meus sonhos e a nossa música já não me fere mais. Agora é mais uma em meio a tantas que eu já escutei.
O que me prende a ti é o medo. O medo de não sentir mais nada e o de saber que mais uma vez eu estava enganada a respeito de tudo. Até então eu sabia que você era a pessoa certa, mas hoje em dia já não consigo ter certeza. Se eu afirmo isto é para tentar enganar-me. É uma forma desesperada de não cair em mim. De não admitir que o que já foi não é mais. Achar que ainda te amo como antes é tentar não fechar as portas para a chance de te ter de novo e abrir outras para a possibilidade de me ferir novamente.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dar não é Fazer Amor


(Uma amiga me mandou. Eu acho que ela colocou no blog dela também, mas ele ficou tanto tempo na minha cabeça que eu não aguentei e resolvi colocar aqui também...)


Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar...
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...

(Luís Fernando Veríssimo)


:)